sexta-feira, 20 de março de 2009

O Jardineiro


Surgiu do nada, como o manto rubro das papoilas na Primavera; com umas sandálias de couro e um longo cajado de madeira de carvalho.
Deambulou pelas praças e pelo mercado, a perguntar se alguém estava disposto a vender-lhe um terreno espaçoso. E encontrou o seu lugar nos
Construiu uma cabana. E à sua volta um jardim, grande como os sulcos do vento; bordado com heras, clematites, passionárias, madressilvas; salpicado de açucenas, violetas, lírios e pensamentos.
E sentou-se à porta do seu jardim, oferecendo a sua beleza e a sua paz a todo aqele que as quisesse gozar. Disse-lhes que aquele jardim era o jardim da vida, e que a porta estaria sempre aberta para todo aquele que quisesse encontrar a paz.
Os pássaros e os esquilos fizeram ninhos nas suas árvores, as fadas e os elfos procuraram o refúgio entre as plantas, e os homens encontraram abrigo para o seu coração entre as flores.
E o jardineiro dedicou-se a cuidar de plantas e árvores, esquilos e pássaros, fadas, elfos e homens.

2 comentários:

Maria Emília disse...

Que jardineiro maravilhoso. Gostava de trocar algumas sementes de pensamentos com ele. Também tenho o meu jardim aberto a todos os que o quiserem visitar.
A foto do jardim é lindissima. Este é o seu jardim?
Um abraço,
Maria Emília

rosa disse...

Maria Emília,

O meu jardim é mais belo do que este.
O meu jardim está dentro de mim.
As glicínias trepam no meu pensamento, o esvoaçar das borboletas sinto-o no coração e o perfume das rosas enche o meu ser de calma.

Beijos de paz

Rosa