segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Já é tarde




Já é tarde
e o vento baloiça nas árvores
que dançam ao som do seu canto
burburinho imerso, secreto silêncio
as flores rubras de sangue ardente
as rosas doiram o ar com o seu reflexo metal
brancos lírios em seu vítreo suspiro
o ar doce de adocicado mel
agreste sândalo, leve aroma e jasmim
brisa suave, instante perdido na eternidade
mãos violáceas, rubros corpos ensombrados pelo ocaso

Já é tarde

3 comentários:

Jaime Latino Ferreira disse...

ROSA


Não só está perdoada como fez muito bem!!!

Beijinhos


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Setembro de 2009

manuela baptista disse...

Mas que Jasmim se arroja
por entre as ditosas rosas
em perdões de doces cantos
em tardios desencantos

Manuela Baptista

Se em qualquer entardecer encontrassemos um caminho assim e este portão aberto, quem resistiria a entrar, mesmo ignorando o que possa estar do outro lado?

rosa disse...

Amigos,

As vossas palavras são tão balsâmicas como as flores do meu jardim


Beijos de paz